Neste
santo Ano da FÉ de 2013, somos chamados pela graça do batismo a professar a
nossa Fé, como um ato contínuo do crer. Lembrando que crer não é, portanto, um
modo de evadir-se da realidade, mas precisamente o modo mais pessoal de afirmar
a própria realidade. Diante da qual a pessoa se sente necessitada e tocada.
A
FÉ pode ser entendida e experiênciada como uma pedagogia mistagógica em suas
mais diversas faces. A FÉ é um caminho
com base na esperança, que nos permite conhecer o fim. Isso significa que a FÉ
é um risco, um abandonar antigas seguranças e uma mudança radical dos pontos de
vista e modos de conduta habituais. Mudança que só é possível porque a FÉ é a
resposta a um chamado prévio. O crente se entrega a esse chamado e põe sua
confiança em Deus e em sua Palavra. Por essa razão, a primeira palavra da FÉ
não é “Eu creio que...”, mas “ Eu creio em ti”. Nesse abandono confiante em Deus
uma luz se abre para o crente. Nas palavras e nas obras externas da revelação
conhece a Deus que a ele se revela. A FÉ,
pois, oferece um conhecimento novo. Mas não crê porque conhece, e sim conhece
porque crê. Ao amor já conhecido de Deus não pode responder de outro modo senão
com amor. A FÉ é de certo modo uma declaração de amor a Deus. Falar de Deus ao
homem leva o crente a falar a Deus, ou seja, à oração, que é a forma mais
importante de expressar a FÉ. O crente, porque se sabe aceito por Deus, pode também
aceitar-se a si mesmo, os demais e o mundo. Em resumo, a FÉ é o ato que
transforma a vida e o mundo.
Seminarista Marcílio Reis
Estudante do 3º ano de Teologia da Faculdade
Católica de Feira de Santana/BA
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