quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A PEQUENEZ DE APARECIDA


Neste dia no qual celebramos a Padroeira do nosso país, trazemos aqui uma reflexão de Pe. Zezinho sobre a pequenez de Maria. Que a Mãe de Deus e Mãe nossa guie os nossos passos, levando-nos sempre ao encontro pessoal com seu Filho Jesus Cristo.


"A mística da pequenez da qual fala Bento XVI no seu livro “Sal da Terra”, consiste em saber ser pequeno e buscar a profundidade do existir, não no tamanho, nem na quantidade, mas no conteúdo. Penso na teoria do Big Bang que diz que o Universo começou como se fosse uma casca de noz, com um poder de explosão quase infinito. Estaria tudo comprimido numa quase bolinha de pingue-pongue. Inimaginável? Pois não foi exatamente isso que Steve Jobs perseguiu com suas maquinetas cada dia menores, a ponto de caberem na palma da mão e lembrarem uma folha de papel? No entanto, quantos terabytes de informação cabem naqueles minúsculos instrumentos? O mundo persegue, sem o saber, o resumo e a pequenez. Talvez a perfeição esteja mesmo no simples e não no complexo. Vale uma tese!…
Jesus tocou no assunto, quando afirmou que o Reino dos Céus era qual semente de mostarda, quase invisível a olho nu. Mas esconde uma das maiores hortaliças que se conhece. É a pequenez a hospedar milhões de vezes o próprio tamanho… Então não é o tamanho, nem os números vendidos, nem o alarde do marketing que faz uma obra. É sua profundidade e sua capacidade de gerar vida e pensamentos. Pequeno não é o mesmo que óbvio. Dê tempo a ele e verá do quanto ele é capaz.
Agora, falemos de Maria. De mística e de pequenez ela entendeu. Nunca se propôs ser maior do que era. Diz Lucas que ela se proclamou serva admitindo que a bendiriam, mas que a grandeza dela vinha de outra fonte. Maria estava lá, mas raramente apareceu. Os evangelhos falam pouco a seu respeito. Mas o que foi dito marcou. Foi sua biografia compacta. As imagens pequenas de Maria cabem muito bem neste conceito. Fátima é pequena: não chega a um metro. Lurdes é pequena, Guadalupe, Nazaré e Aparecida nenhuma dessas imagens ou pinturas passam de 60 centímetros. São imagens de pequenez.
Como seu filho falara do “pequeno rebanho” e dera um sentido aos “goels” que eram os pequeninos e apequenados da sorte e da política do seu tempo, e, como ele mesmo não veio com pompa e poder, deve haver algo na sua pobreza e na sua proposta de pequenez… Seguidor dele não persegue nem riqueza nem o primeiro lugar…Se as perseguir, é porque deixou de o seguir. A mãe dele permaneceu pequena. Mas Maria, pequena até nas imagens de suas manifestações, tornou-se um grande nome entre nós, não apenas pelo seu ventre que hospedou Jesus, mas também pela sua cabeça pensante que refletia sobre tudo o que se passava. E deve ser por isso que ela cresceu tanto no conceito dos povos…"

Fraternalmente,
S.D.M.Z

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