Partido desse pressuposto gostaria
de refletir com vocês (principalmente os jovens) diante dessa realidade que
estamos vivenciando (Campanha da Fraternidade, JMJ) cujo protagonista de tudo
isso é a Juventude. “Conversando com alguns jovens, o que vemos mais de comum
de seus lábios que escuto são expressões desse cunho: “ah a Igreja Católica
deve se abrir mais para a Juventude”, “ a Missa deveria ter mais a participação
dos jovens”; “Os encontros de catequese de crisma deveriam falar mais da
realidade do jovens”. Eu penso que é um discurso meio que “injusto” diante de
tantas coisas que já foram feitas através da Igreja para a Juventude. Quais?
Vejamos:
No decorrer da história da
evangelização, muitos homens e mulheres doaram suas vidas em prol da juventude:
Dom Bosco, Madre Mazzarello; Marcelino
Champagnat, João Batista La Salle, Luiz Gonzaga, Pierre Vigne, Paula
Frassinetti, Joao Paulo II e tantos outros...
Mas
a questão também vai além de tudo isso, que todas essas pessoas fizerem, dentro
de um contexto próprio daquela época, ôpa sendo assim teremos uma grande luz
diante disso! Eis segredo: DEVEMOS FALAR
AOS JOVENS DENTRO DA REALIDADE A QUAL ELES ESTÃO INSERIDOS, ou seja, eu
posso usar a metodologia de Dom Bosco (um santo que tenho uma enorme admiração
e carinho), mas não dentro daquele contexto de 1800 e alguma coisa, mas pegando
a essência daqueles 1800 e trazendo para “os manos de hoje” “plugados?”.
Eis
algumas dicas para um trabalho eficaz para com os Jovens:
1- Precisamos
mostrar aos nossos destinatários o quanto eles são amados por Jesus Cristo, e
devemos mostrar a estes um Jesus próximo, amigo, o “Bom Mestre” (cf. Mc 10,
17-31), antes de doutrinarmos, levemos a uma experiência com esse novo amigo:
Jesus;
2-
Acreditemos
no potencial criativo e de atitude deles, claro que o papel dos pais, irmãos
mais velhos, tios (as), padres, freiras, seminaristas, é importante sem dúvida,
mas vamos internalizar uma coisa “Jovem evangeliza Jovem”, aí entra a máxima do
Pai e Mestre da Juventude: “Todo Jovem tem o seu potencial...” e tem mesmo,
afinal Jovem não entra na História para ser um mero coadjuvante, mas um
PROTAGONISTA.
3-
Motivá-los
a perceber que eles são únicos diante do Criador, são dotados de várias
aptidões, e são mais que um “perfil”, uma “twittada” ou até mesmo um “face”;
4-
A
juventude também é o lugar da Teologia, para isso devemos ouvir os clamores que
brotam do coração deles, são elementos do mistério divino, e para constatarmos
isso o passo que tem que ser dado é aprender a decodificar esse mistério
divino.
5-
“Opção
efetiva pelos Jovens”, saber acolher, isso de fato é uma lacuna em algumas de
nossas comunidades, muitos deles se sentem afastados das nossas Igrejas, é
porque talvez eles sejam rotulados com alguns elementos (barulhentos, não fazem
nada, não tem compromisso...), um dia ouvi de alguém “Deus fala no barulho das
buzinas”, e sem dúvida o Senhor há de falar nos ruídos de nossos jovens. E aí
vem Dom Bosco “eles não são maus, apenas
não tem quem cuide deles”.
6-
“Opção
efetiva pelos Jovens”, favorecer ao PROTAGONISMO
JUVENIL, deixar que eles façam a coisa acontecer, se quisermos o potencial
de um jovem na comunidade, vamos dar uma missão a ele, nem que seja a mais
simples, ele fará com grandiosidade. Conheço alguns movimentos juvenis que são
acompanhados por adultos, isso tá errado? Não, até certo ponto, desde que estes
desempenhem a tríplice missão: acolher,
orientar e valorizar, mas nunca, jamais assumir aquilo que são dos Jovens.
Não pretendo com essas linhas e essa
reflexão ser o “Phd ou Doutor Honoris Causa” em Juventude, isso de forma
alguma, mas diante de minha experiência com o trabalho juntos aos outros jovens
( até porque diga-se de passagem eu também sou jovem e serei jovem eternamente,
até porque JUVENTUDE é mais que idade cronológica é Vigor de Deus, então até “o
meu derradeiro suspiro” eu quero receber este vigor de Deus em minha vida).
Optemos por aqueles que mais necessitam, digo não apenas os pobres e os
marginalizados, até porque diante de uma realidade plural encontramos a cada
ano que passa outros estilos além dos drogados, prostituídos, vemos os
depressivos, outros que vivem em desarmonia familiar, os que optam por uma
diversidade sexual de forma tão tenra e tantos outros casos que iremos encontrar
daqui para frente.
E como falei no início um dos
segredos da Evangelização Juvenil, é
ir ao encontro deles dentro de sua realidade, e qual será a realidade da
maioria de nossos jovens? As Redes Sociais é nesta que encontramos essa
“Geração Z”, povo que zapeia (que muda constantemente) e que um dia foi
“Geração Coca-Cola” e que amanhã não saberemos como vai se chamar, mas diante
de tanta coisa, situações, elementos, artifícios, devemos inscrever nos nossos
corações de Jovens Católicos uma certeza “No
peito eu levo uma cruz, no meu coração o que disse Jesus.”, e dentro dessa
perspectiva vai um recado para aqueles (as) que se dedicam ao trabalho de
assistência aos jovens, só iremos ter em nossas comunidades, famílias,
universidades, mundo jovens comprometidos com a Vida, quando a partir de nós
mostrarmos a estes aquele é CAMINHO,
VERDADE E VIDA, mas de uma forma que os toque, motive a segui-lo cada dia
mais de perto, tipo aquela canção de alguém que parte para um encontro e sempre
volta feliz “ e se quiser saber pra onde
eu vou, aonde tenha sol é pra lá que eu vou.”
Jovem,
você é o coração da Igreja, creia nisto! “Queridos jovens, a Igreja
necessita autênticos testemunhos para a nova evangelização: homens e mulheres
cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres
capazes de comunicar esta experiência aos outros”.
(Bento
XVI)
Um forte abraço,
Diante da realidade da pós modernidade somos chamados a responder com grandiosidade de coração, e com a mais pura humildade a responsabilidade de assumirmos o nosso compromisso missionário, e lançar as nossas redes a esta porcão do povo de Deus que é a juventude que anda dispersa da unidade do rebanho. como dizia o beato João Paulo II: "Queridos jovens a felicidade que vocês tanto procuram o sentido da vida que vocês tanto almejam. Ele é uma pessoa, tem um rosto. E Ele vos ama, Ele é o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo"
ResponderExcluirJosé Neto
Também penso que antes de doutrinar, é preciso que nossa presença seja verdadeiramente agradável. Como podemos ajudar um jovem a compreender de algum modo que ele é uma pessoa incondicionalmente amada por Deus? Nossa Igreja fala de oração, testemunho e palavra, vamos refletir sobre isso!!!
ResponderExcluirO texto também fala do crer no jovem! Que coisa boa é acreditar que cada jovem com o qual nos deparamos pode prestar um belo serviço à comunidade!
Precisamos ir ao encontro do jovem respeitando sua liberdade, propondo (e não impondo) Jesus Cristo e o contato direto com Ele através de sua Igreja.
(Fausto Borges)