A liturgia cristã é celebração da ação eficaz do Deus Uno e Trino na vida da Igreja e dos fiéis, conformando-os cada vez mais intimamente a Cristo e inserindo-os na comunhão da Trindade pela força do Espírito. Em resposta a esta ação de Deus, a Igreja se une em assembléia de culto, louvor e ação de graças. A liturgia deve introduzir o cristão no mistério de Deus não só com palavras, mas através de ritos, gestos e símbolos. Neste contexto, a expressão artística é a mais apropriada forma de expressão; a música e o canto ocupam lugar privilegiado, pois são meios extraordinários de estabelecer uma comunhão com Deus. A poesia aliada à melodia elevam o coração humano a Deus.
O canto litúrgico brota do Mistério Pascal do Senhor (vida, paixão, morte e ressurreição). Dessa origem do canto cristão brotam características como a dimensão pascal da vida e do cantar, em que a última palavra é a ressurreição e a vida plena. É, portanto, um canto marcadamente esperançoso. A festa no Senhor Ressuscitado produz a essência do nosso cantar.A assembléia que canta no Espírito faz ressoar um canto que é verdadeiro clamor que brota do fundo da alma, cheio de fervor, de alegria no Espírito. O canto é atividade essencialmente comunitária. A Igreja expressa, maravilhosamente bem, a sua realidade de comunhão e participação por meio do canto comunitário .
O canto é um dos elementos que compõem a visibilidade, a corporeidade do simbolismo sacramental. Por meio deste sinal sensível, a Palavra cantada é veículo do encontro de Deus conosco e dos fiéis em Cristo entre si. Portanto, O canto e a música na celebração litúrgica remetem à linguagem superior, expressam melhor a oração, favorecem a unidade, enriquecem e solenizam a celebração, exercem uma função ministerial.
Seminarista Gilberto Júnior
2º Ano de Filosofia
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