A Arte do Começar!
A cada ano,
os seminaristas do Seminário Maior Dom Mário Zanetta têm uma oportunidade
única: começar, dar continuidade ao caminho iniciado! O verbo começar exige de
cada candidato ao ministério ordenado um esforço incomensurável, esforço de
trilhar a estrada certa, esforço de tomar a cruz e seguir os passos do Mestre
que chama (cf. Mt 16,24). Esta arte de começar acontece todos os anos em nossa
casa de formação, após um período de férias – momento de estar com a família,
de rever os amigos e irmãos, de fazer novas amizades, de conhecer novos
lugares, novas realidades – onde os seminaristas continuam o itinerário
formativo, que consiste em um “emoldurar-se” a Cristo Bom Pastor.
Neste ano da
graça do Senhor não é diferente. Os jovens, que deixaram tudo para seguir Jesus
Cristo mais de perto, retornam para o Seminário, uns para continuar e concluir
seu período de formação, outros para iniciar esta etapa tão rica para a vida da
Igreja, e assim vai acontecendo. Deus nunca deixa de chamar, nunca deixa de
escolher, somos escolhidos já bem antes de nascermos (cf. Jr 1,6). Neste longo
caminho inicia-se mais um ano letivo em nossa Faculdade Católica de Feira de
Santana, momento de aprofundarmos os nossos conhecimentos na pessoa e missão de
Jesus Cristo. Esta etapa é imprescindível para a vida de todo seminarista “pois
a dimensão intelectual, como as demais dimensões, orienta-se a formar pastores
do Povo de Deus, a exemplo de Jesus Cristo”[1].
No silêncio
dos corredores de um seminário, no silêncio da capela um padre é gerado, gerado
para o serviço à Mãe Igreja e ao Povo de Deus, espalhado pelo mundo inteiro,
espalhado em cada canto da Diocese de Paulo Afonso. Vale ressaltar as palavras
que nosso pastor Dom Guido, em sua visita ao seminário proferiu: “O ser padre é
o desenvolvimento de uma amizade com Cristo”, e é isso mesmo, ser padre não é
fruto do acaso, mas vocação, que nasce da amizade com o Emanuel, não é fazer
nossa vontade, mas a de Deus! É o “Fiat
voluntas tua” – seja feita a vossa vontade, que rezamos todos os dias na
oração do Senhor (cf. Mt 6,10).
Somos
convidados, portanto, a pedir ao Pai da Messe que envie trabalhadores que
estejam disponíveis a ofertar sua vida, gastar os seus dias, sua juventude por
amor, pela Igreja, pelos jovens, pelos homens e mulheres que necessitam da
presença acolhedora e amiga de Cristo Jesus (cf. Lc 10,2). E assim, cada
seminarista poderá dizer com firmeza e insistência ao próprio Amigo que chama: “Ecce ego, quiavocasti me!” – aqui estou
porque me chamaste!
Peçamos à Virgem
de Fátima que nos ajude neste caminho formativo, para que a Igreja tenha pastores
segundo o Coração de Cristo, pastores autênticos e fiéis. Assim
seja!
Seminarista Jeferson Galdino
4º ano de Teologia
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