Devemos
reconhecer as transformações da dimensão litúrgica e da mística das celebrações
das últimas décadas, podemos compreender as conquistas, limites e desafios da
reforma litúrgica impulsionada pelo Concílio Vaticano II como um caminho que
torna a vida litúrgica a fonte e o ápice da vida cristã.
Atualmente
a dimensão litúrgica na vida da Igreja constitui um dos pilares para os
seguidores de Jesus Cristo. A liturgia deve favorecer tudo o que pode
contribuir à união dos que creem em Cristo, e revigorar tudo o que contribui
para chamar a todos ao seio da Igreja (Cf. SC 01). Através do Batismo somos
incorporados na vida e missão do Filho de Deus e, portanto somos convocados a
anunciar e conduzir aqueles ainda não conhece a Cristo; fazendo desta maneira
com o Corpo de Cristo que é a Igreja seja fortalecido. A obra redentora
acontece através do Sacramento Eucarístico e com ele se comunica aos outros o
mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja que é ao mesmo
tempo humana e divina. E assim, a liturgia edifica a vida do humano que é
orientado e subordinado ao divino (Cf. SC 02). Toda a humanidade precisa ter
consciência da importância de Cristo em nossa caminhada cristã sabendo enxergar
os sinais e as necessidades dos tempos atuais para que assim as ações
litúrgicas tenham sentido e sejam construtoras do Reino Celeste.
A
salvação de todos os homens e o conhecimento da verdade é um desejo de Deus que
realiza uma aliança com a humanidade através de Cristo que é instrumento dessa
salvação. Desta maneira, é do lado de Cristo agonizante sobre cruz que nasceu o
admirável sacramento de toda a Igreja (Cf. SC 05). Recebemos um anúncio da
vida, morte e ressurreição de Cristo e devemos transmiti-lo com fidelidade
aquilo que vivemos; esta é a obra da salvação continuada pela Igreja através da
liturgia. “Pelo Batismo os homens são inseridos no mistério pascal de Cristo. A
Igreja se manifestou ao mundo no dia do Pentecostes como um sinal de toda sua
ação apostólica” (Cf. SC 06). Toda a vida cristã e a liturgia são
Cristocêntricas. “A presença de Cristo se faz através da pessoa do ministro que
oferece pelo mistério sacerdotal, nas espécies eucarísticas, nos Sacramentos,
na Palavra e na Igreja que reza que ora e salmodia” (Cf. SC 07). Como tudo
necessita de uma iniciação assim na liturgia torna-se indispensável assumir uma
postura diferenciada para esta vivência. “Antes de achegarem-se à liturgia os
homens são chamados à fé e à conversão, pois os cristãos são a luz do mundo e
dão a glória ao Pai diante dos homens” (Cf. SC 09).
A
ação litúrgica exige uma resposta e “impele os fiéis a viverem em união
perfeita e pede que sejam fiéis na vida a quanto receberam pela fé” (Cf. SC
10). Nosso mundo necessita de cristãos eficazes que manifestar testemunho e serem
capazes de transformar as estruturas que impedem o anúncio de Cristo até os confins do mundo (Mt 28,20) e
sejam capazes de “adaptarem a mente às palavras e cooperem com graça divina
para não recebê-la em vão. Eles – os fiéis – devem participar da liturgia
conscientemente, ativa frutuosamente”
(Cf. SC 11). O coração fala e expressa aqui que está cheio! “O cristão é
chamado a oração pessoal para que esta esteja em comunhão com a oração
comunitária e na missa se façam ofertas eternas diante do Senhor” (Cf. SC 12).
A liturgia possui uma natureza própria e superior a todas as formas de oração e
atos piedosos e é a que conduz a vida do povo cristão (Cf. SC 13).
Portanto,
é importante observarmos o modo com que celebramos e deixar transparecer a
figura de Cristo em nossas ações litúrgicas através da Igreja que conduz todos
ao conhecimento pleno da verdade e à salvação. Beber dessa fonte é ter a
consciência de que somos manifestadores da presença de Deus através do
instrumento da salvação da humanidade: Jesus Cristo.
Fraternalmente,
Seminarista Edisandro Barros
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