terça-feira, 8 de maio de 2012

CANTANDO A LITURGIA OU NA LITURGIA?



Já nos interpelava Santo Agostinho com suas sábias palavras: “o canto é uma manifestação de alegria e, se examinarmos bem, é uma expressão de amor.” Isto nos impulsiona a meditar sobre a importância da música em nossas celebrações litúrgicas. O Concílio Vaticano já dizia: “a liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda sua força” (S.C. nº 543). Destarte, o cantar e o celebrar devem andar juntos de forma de manifestem o mistério salvífico de Cristo.

Celebrando a Eucaristia as nossas comunidades repetem e atualizam o a fé em Jesus Cristo. Entendemos piamente que ela é o coração da comunidade de discípulos e missionários de onde emana toda força para viver o evangelho e nos conduz a assumir os mesmos sentimentos de Cristo na missão de anunciar o Reino de Deus. Porém, é necessário buscar dar o sentido verdadeiro daquilo que celebramos para podermos encontrar Deus através da oração e conduzir as outras pessoas a fazerem o mesmo. É comum encontrarmos pessoas que querem fazer do mistério litúrgico algo pessoal e acabam caindo em uma rotina e desvirtuando ação transformadora da liturgia. Liturgia e canto devem estar a serviço da Palavra anunciada e vivida.

Em poucas palavras diríamos que o canto é a mais alta expressão da liturgia. Ele deve conter aspectos daquilo celebrado manifestando assim a comunhão com o Cristo. Portanto, devemos entender que a Igreja em sua santa sabedoria conserva a liturgia e o canto como incenso que elevado aos céus carregam as nossas orações. Santo Agostinho com outra expressão sintetiza a importância do cantar: “Quem canta bem, reza duas vezes.” Que tenhamos amor e carinho pelo mistério celebrado.

Fraternalmente,
Seminarista Edisandro Barros

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