sábado, 10 de dezembro de 2011

Conversão no Advento!

No Catecismo da Igreja Católica nº524: ao celebrar a cada ano a liturgia do advento a Igreja atualiza esta espera do Messias: comungando com a longa preparação da primeira vinda do Senhor, os fiéis renovam o ardente desejo da segunda vinda.


 O termo Advento vem do latim adventus e denota tempo de acolhida e tempo de espera. O Advento terá neste ano início no dia 27 de novembro e terminará em 24 de dezembro véspera do natal. A Igreja acompanha os mistérios de Jesus Cristo durante os diversos ciclos da Liturgia. Com o primeiro domingo do Advento inicia-se um novo ano litúrgico. Não se trata de girar continuamente em torno de um eixo, mas de reencontrar a presença de Deus em etapas novas de nossa vida, nas quais a morte e a ressurreição de Cristo, o núcleo de nossa fé, iluminam a compreensão dos desafios de cada hora presente. O primeiro olhar do tempo do Advento descortina o horizonte de sua volta do fim dos tempos. Olhamos para a definitiva manifestação do Cristo, quando vier em Sua glória, e clamamos com a Igreja “Vem, Senhor Jesus”. Verdadeiramente, o Senhor voltará e seremos julgados pelo amor, como Ele mesmo indicou no sermão escatológico do Evangelho de São Mateus. “O Senhor virá!”. 

Neste tempo de espera vivemos uma mudança constante. Segundo Sociólogos, Psicólogos, Teólogos e Filósofos, em uma análise mais aprofundada da realidade vão ressaltar que a sociedade está passando por uma intensa crise em todos os âmbitos até mesmo no mais intimo do ser. Ela com todas as transformações vêm provocando alegria e sofrimento, uma lacuna, tudo ao mesmo tempo. Mas, o que nos deixa inseguros, não e as transformações, mais a rapidez das mudanças que nos lançam na incerteza, insegurança e nas não verdades, trazendo para nós a falta de esperança e confiança naquilo que realizamos e acreditamos.Cada um de nós no advento é convidado à conversão como fala Jesus no e Evangelho de Lucas: “se vocês não se converterem acabareis como eles” (13,3-5).  Hoje, contudo que ocorre que haja humildade, sinceridade e responsabilidade para reconhecer esse drama dentro de cada um de nós! Haja confiança e vontade de caminhar sempre!Pois a vida é caminhada, e na caminhada enfrentamos dificuldades, encruzilhadas, duvidas, tropeços, desvios e infidelidades. Dai vem a importância neste tempo de espera a urgência da conversão. Ela não é um luxo nem uma obrigação reservada as pessoas religiosas consagradas. É uma necessidade existencial, quer dizer, não há existência humana verdadeira, autentica, sem conversão. Esta não é status, algo adquirido uma vez para sempre, mas um processo dinâmico, permanente, de todos os dias. Não é somente o outro que precisa de conversão, mas cada um de nós, pessoalmente.

 Contudo neste advento implica conversão, ou seja, não é possível conversão sem converte-se sem muda de vida. Sabemos que há vários tipos de mudanças: de rumo, de atitude, de situação, de prática e de projeto de vida. Quando Jesus em Cafarnaum, em praça pública, lançou o grito: o reino de Deus chegou... Convertam-se! (Mc 1,14-15), exigiu uma mudança radical: dar as costas aos reinos de Herodes e de Pilatos. Hoje estes reinos seriam o capitalismo, consumismo e o individualismo etc. Com isso, somos convidados a acolher o reino que traz a plenitude do ser. Conduzidos por tais testemunhas, a Santíssima Virgem Maria, são José, João Batista e Isaías, deixemo-nos tocar pela graça de Deus. É hora de arrumar a casa de nossa vida, para receber carinhosamente a visita de Nosso Senhor Jesus Cristo. Certamente, são muitas as coisas que ocupam nossos corações. Desfazer-se do supérfluo, olhar ao redor para a prática da caridade, escutar mais e melhor a Palavra de Deus. Tempo de graça, pois o Senhor, virá, vem e veio, Nosso Salvador, Jesus Cristo! Maranathá! Vem, Senhor!

Jackson de França
1º Ano de Teologia

Fraternalmente,

S.D.M.Z.

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